Encontrar um imóvel alugado que atenda todas as expectativas de seu novo morador é praticamente uma missão impossível. Entretanto, é inevitável também que o inquilino queira fazer algumas mudanças ou adaptações no imóvel antes de se mudar para ele.
A questão é: até que ponto vale a pena investir em um bem que não é seu?
Entenda as responsabilidades
Antes de pensar em reformar, verifique com cuidado os termos do contrato e o que ele possibilita que seja feito.
Outro detalhe importante, é sobre as obras de melhorias estabelecidas pelo condomínio nas áreas externas do imóvel; elas são de responsabilidade do proprietário. Também é responsabilidade dele disponibilizar o imóvel em condições habitáveis, da mesma forma, o inquilino precisa de comprometer com a devolução do mesmo estado em que o encontrou.
Vale lembrar que na locação de imóveis são realizadas duas vistorias: a de entrada e a de saída. A vistoria de entrada tem como objetivo apontar as condições do imóvel no início do contrato de locação e ajuda no levantamento de informações detalhadas sobre o estado de conservação dos itens.
Avaliação prévia e contrato
Uma boa avaliação prévia evita conflitos desnecessários. Antes de pensar em assinar o contrato de locação, avalie que tipo de reforma é mais adequada para sua necessidade.
As reformas estruturais contemplam mudanças consideradas essenciais para a habitação (ex: manutenção hidráulica, eletricidade, conserto de janelas ou fechaduras), já as melhorias são mudanças que sinalizam preferências para deixar o imóvel mais aconchegante para o novo inquilino (ex: pintura, trocas de piso).
A recomendação dos especialistas é que o dono do imóvel e o locatário combinem antes da assinatura do contrato quais mudanças são necessárias e entrem em comum acordo.
Outro aspecto importante é documentar o que ficar acordado para evitar conflitos futuros.
Reformar vale a pena?
Essa questão é muito pessoal porque está diretamente ligada a questão do conforto e realidade financeira de cada um.
O mais importante é entender que toda reforma é trabalhosa e tem custos, por isso, só vale a pena se você pretende aproveitar os benefícios a médio ou longo prazo.
Caso a intenção não seja ficar no imóvel por um tempo que compense o investismento, melhor não ir nessa direção.
Se prosseguir nesse caminho, o ideal é avaliar que tipo de obra é importante para seu conforto e buscar um diálogo para minimizar os custos.
#FicaaDica
Quando a reformar é para melhorias, normalmente a despesa fica para o inquilino, principalmente por não se tratar de uma necessidade. Entretanto, é possível criar um canal de diálogo com a imobiliária e/ou proprietário justificando melhorias que sejam de interesse mútuo para valorizar o imóvel e, dessa forma, tentar um acordo sobre o abatimento do valor do aluguel no período.
E é sempre bom estar aberto a opções criativas e mais simples. Que tal repensar a substituição de pisos ou revestimentos pela opção de pintá-los ou adesivá-los?
E lembre-se: invista sempre no diálogo. No caso de dúvidas sobre o contrato ou divergências entre as partes, a imobiliária pode fazer a mediação, mas é importante que você já comece com o pé direito e mantenha sempre um relacionamento transparente com o proprietário.
Fonte: Netimóveis
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